sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Enfermeiro na Assistência de Enfermagem à criança e ao adolescente nas diversas faixas etárias no PSF.

O Enfermeiro na Assistência de Enfermagem à criança e ao adolescente nas diversas faixas etárias no PSF.

  ESTRELA, Francine 1
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       
Introdução
A assistência de enfermagem no PSF voltada para a criança e o adolescente em diversas faixas etárias não ocorre de forma sistematizada no conjunto das ações de profissionais capacitados. Busco relacionar a assistência de enfermagem à criança e ao adolescente em diversas faixas etárias em procura de uma assistência adequada, de qualidade, baseando-se em atenção básica de saúde sob os aspectos de promover à saúde, evitando riscos, morbimortalidade, desnutrição e proporcionando melhorias. O crescimento e o desenvolvimento são eixos referenciais para todas as atividades de atenção à criança e ao adolescente sob os aspectos biológico,afetivo, psíquico e social (1).
A partir de 1996, o Ministério da Saúde vem ampliando investimentos para promover a organização da atenção básica nos municípios. Para tanto, definiu os Programas de Agentes Comunitários de saúde da Família (PACS/PSF) como as estratégias prioritárias capazes de resgatar o vínculo de co-responsabilidade entre os serviços e a população, favorecendo não só a cura e a prevenção de doenças, mas também a valorização do papel das pessoas, das famílias e da comunidade na melhoria das condições de saúde e de vida(1). O trabalho do enfermeiro é visto,como uma forma de construção nas equipes de unidade de saúde e deve ser implantado com conceitos aplicáveis, buscando uma assistência integral para promover  à saúde da população infantil e adolescente. Estudos , mencionam que o enfermeiro,assim como toda a equipe de saúde da família, encontra barreiras para os propósitos do Programa Saúde da Família, principalmente no que se refere à saúde da criança e ao adolescente. (...) defronta-se hoje com um Sistema de Saúde restrito quanto a cobertura oferecida, de forma segmentada da produção e no acesso aos serviços. Dentre os que estão excluídos do serviço de saúde ou ‘fora dos programas’ estão as crianças de 5 a 10 anos que sofrem com problemas que podem ser controlados com ações de promoção à saúde e de prevenção de agravos(2). O outro estudo analisado e comparado com os dados;  como exemplo ; nos mostra que as novas possibilidades de tecnologia com o advento do celular, os sites de bate-papo pela internet, Orkut, além da desestruturação da família tradicional e o limite quase infinito das ações apontam para as novas vivências que na atualidade estão postas.(3) O percurso entre a infância e a adolescência foi totalmente alterado.  Tais mudanças se devem também a extensão da escolarização(...)(3). A faixa etária de 12 a 19 anos não é vista como prioridade,pois além da dificuldade de profissionais lidar com essa faixa etária existe uma equipe desmotivada e sem capacitação. Ao observar a assistência nesta faixa etária, o adolescente, no maior de suas necessidades, percebi sua vulnerabilidade que as ações de assistência à saúde não são realmente vistas como prioridade e no apesar foi visto que necessitam de atendimento profissional de saúde e o quanto sentem vontade de expor suas angústias, medos, vivências, isso só quando lhes eram possibilitados à privacidade e confiança, ou seja eles só expunham suas necessidades se encontrassem alguém de confiança, quem pudesse confiar. (...)Além disso a sobrecarga de trabalho no PSF faz com que os adolescentes fiquem em segundo plano. No entanto os profissionais de saúde não se envolvem e nem se mostram motivados para atendê-los de forma sistematizada e integral.(3) A assistência à saúde prestada na faixa etária de 5 a 10 anos, destaca que a saúde à criança nesta faixa etária pela equipe não está ocorrendo,não há uma  sistematização e implantação, no conjunto das ações dos profissionais, restringindo seu atendimento de forma esporádica pela demanda espontânea,ou seja, a maioria das mães não sentem necessidade em levar seus filhos a unidade de saúde com esta faixa etária,pois possuem a  instrução que a vacinação é a parte mais importante de 0 a 3 anos e torna-se o suficiente. Sendo assim as consultas necessárias para o acompanhamento e desenvolvimento fica relativamente de lado.Justifico que falta a educação em saúde para a população.

Objetivo
-Identificar dentre as faixas etárias de crianças e adolescentes a assistência à saúde implementada em uma unidade de saúde pelos enfermeiros que coordenam uma equipe de PSF.
-Identificar ações de assistência à saúde nas faixas etárias de:
0 a 2 anos- 24 meses
3 a 12 anos- Criança
12 a 19 anos- Adolescente
_ Detectar as falhas e tentar  propor  mudanças para as melhorias.
_Intensificar junto a enfermeira da unidade a sistematização da assistência.

Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa através de análise de conteúdo dos dados.
O estudo e pesquisa realizados junto a Enfermeira em um PSF da Comunidade do Gato em São gonçalo, tendo a finalidade de identificar a assistência em saúde de diversas faixas etárias e propor melhorias no atendimento e acompanhamento principalmente nas faixas etárias de 5 a 10 anos e 12 a 19 anos, pois apresentam deficiência nesta parte; tanto na parte dos profissionais  quanto da parte do programa. De 0 a 3 anos assistência é mais presente pelo fato do período de vacinação, crescimento e desenvolvimento. Enfim foram analisados dois artigos e comparados com a pesquisa realizada no PSF; nos quais também evidenciam esta parte e preconizam que o enfermeiro tem por excelência o espírito transformador e assegurar de forma coerente e confiante uma educação em saúde melhor para essas faixas etárias,as mães e seus familiares.

Resultados
A base de dados da pesquisa em um PSF na Comunidade do Gato, onde identificou-se problemas em relação as devidas faixas etárias mencionadas neste estudo, tais problemas identificados mencionam a falta de educação em saúde da população, os profissionais pouco capacitados e falta de condições adequadas como o tempo para que os profissionais possam educar, assistência adequada e de qualidade nas diversas faixas etárias. Nota-se que existem problemas positivos e negativos identificados por exemplo na faixa etária de 0 a 3 anos, pois é preconizado pela maioria das mães que a preocupação com a vacinação é o mais necessário,em segundo plano fica o acompanhamento médico, desenvolvimento, crescimento, noções de alimentação adequada rica em nutrientes e proteínas e sem a necessidade de ser hipercalórica, relatam que : “Criança gorda é sinal de saúde”. Mas sabemos que não se trata disto, por isso a importância das consultas, evitar crianças obesas, desnutridas e que estejam apresentando qualquer outro tipo de patologia. Na faixa etária de 5 a 10 anos a importância do acompanhamento se torna mais esporádica, pois as mães, relatam não ter tanta importância pois seus filhos estão na faixa de apenas o reforço das vacinas e já estão bem crescidos,às vezes por falta de instrução. De 12 a 19 anos a assistência se torna mais complexa, devido aos profissionais não terem muita tolerância, tempo e capacitação, muitos adolescentes demonstram comportamento de vergonha ou desconfiança; muitos procuram o PSF  para se instruir apenas porque iniciaram a vida sexual e ficaram sabendo através de outros adolescentes e não por seus pais . Perante o estudo nota-se um resultado negativo em relação aos enfermeiros,mas também as condições citadas, como a falta de capacitação, mais profissionais,a sistematização da atenção básica em saúde e consciência das necessidades de mudanças. Em suma podemos transformar e inovar tornando esses resultados positivos  para nossas crianças e adolescentes.

Conclusão

Como acadêmica de Enfermagem conclui que a enfermagem inserida no processo de trabalho do PSF da Comunidade do Gato, tenha consciência da necessidade de mudanças do modo assistencial à criança e ao adolescente, buscar priorizar ações enfocadas na prevenção e promoção da saúde,na assistência à saúde da criança incorporando-as como instrumento na produção em saúde. O enfermeiro como orientador, educador, deve proporcionar às mães conhecimento satisfatório, para que estas possam desenvolver o seu cuidado com a criança da melhor maneira possível com coerência,conhecimento proporcionando melhorias de saúde para seus filhos. Acredito que sobre a adolescência possamos futuramente obter um melhor aprendizado sobre esta faixa etária para que mais a frente possamos implantar uma assistência de qualidade. Nós futuros enfermeiros precisamos aprender agora e fazer a diferença, para que depois possamos implementar a prevenção e promoção da saúde na assistência à saúde da criança e ao adolescente adequada e livre de riscos.












Referências Bibliográficas:

1-SAÚDE DA CRIANÇA-Série cadernos de atenção básica; n°11.Brasília(Brasil) Ministério da Saúde. 2002.
2- BRAUN Andreza,Dias Naudia; Atenção à saúde da Criança em rede básica. 2008;10(4).
3-HORTA Natália, O significado do atendimento ao adolescente em uma Unidade Básica à Saúde: Uma análise compreensiva. BH-2006.
4- Pesquisa realizada em um PSF Comunidade do Gato de um Município.


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